Arte para Todos Parte II – Pré-História

Por Rogério Fraga

A partir da nossa provocação no artigo inaugural desta nova série (Arte para Todos), chegou o momento de começarmos, então, a nossa “viagem” dentro da História da Arte. A fase que vamos abordar hoje é a Pré-História. Novamente, o objetivo maior é integrar você o melhor possível neste universo do conhecimento na comunicação. Vamos nessa?

Paleolítico

Vamos partir do mesmo período em que foi criado o termo (meados do século XIX) para definir o período mais antigo da história do homem. Eis que surge a “Idade da Pedra Antiga” (lascada) ou “Paleolítico”, sendo o mais longo da história da humanidade – cerca de 2,5 milhões de anos –, desde o momento em que surgiram os primeiros seres humanos que fabricaram artefatos líticos, até o fim da última época glacial – que terminou há cerca de 10.000 anos.

Nesta época, o homem vivia da exploração dos recursos silvestres. As atividades de subsistência resumiam-se à pesca, à caça e ao recolhimento de vegetais. Pequenos grupos deslocavam-se regularmente, em função das variações na abundância dos recursos alimentares, no interior de um território delimitado. Nesta vida itinerante, quando os grupos se reuniam, realizavam caçadas conjuntas, celebração de cerimônias religiosas, acasalamentos e a transmissão de ideias, de técnicas e de experiências artísticas.

“A dama de Brassempouy” – Musée des Antiquités Nationales, Saint-German-en Laye

Mesolítico

Agora estamos entre os anos 10.000 e 8.000 a.C, onde o domínio sobre o fogo, aliado à domesticação de animais, ao cultivo das plantas e à fabricação de instrumentos mais avançados – incluindo a cerâmica, promove a sedentarização dos grupos. Lá, o trabalho era realizado coletivamente e sem divisões sociais (igualdade social entre o homem e a mulher), onde eram criadas pequenas comunidades semi-sedentárias, habitando-se em cabanas ou em grutas.

Neolítico

Aqui, o desenvolvimento da agricultura e o início da metalurgia – entre os anos 8.000 e 5.000 a.C. – constituem os aspectos principais da chamada revolução neolítica. Nesse período, também conhecido como Idade da Pedra Polida, os homens agrupam-se em povoados e aumenta a divisão do trabalho, que permite a produção de excedentes e a realização de intercâmbio com outras comunidades. Definida a sedentarização do homem, surgem povoados que combinam as atividades agrícolas e pastoris. Com o crescimento da população, surge a divisão especializada do trabalho e do poder organizado, com chefes de autoridades. Estabelece-se um intercâmbio ativo, que aquece, portanto, o transporte fluvial e terrestre. O núcleo de Jericó (fundado em cerca de 8000 a.C., na Palestina) é um estágio preliminar das civilizações urbanas.

Idade dos Metais

Chegamos ao fim do período da Pré-História; estamos entre 5.000 a 1.500 a.C. Nessa fase houve o aparecimento da metalurgia, das cidades, a invenção da roda, da escrita e o arado de bois. Considera-se, então, o início efetivo da civilização. O desenvolvimento da metalurgia representou um enorme progresso tecnológico, pois possibilitou a produção de instrumentos e objetos resistentes e das mais variadas formas. Os metais, em geral, são tão duros quanto a pedra, mas podem ser modelados na forma que se desejar, através do processo de fusão (derretimento pela ação do calor intenso). Assim, tornou-se possível confeccionar panelas, vasos, enxadas, machados, pregos, agulhas, facas e lanças de metal, entre outros objetos, dando início ao desenvolvimento das primeiras cidades, ao aparecimento de classes sociais e ao comércio por meio de trocas.

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Aqui fechamos a primeira das etapas dentro da História da Arte. Voltaremos firmes e fortes ao longo dos demais períodos, convencidos de que esta “atual construção” dentro do conhecimento nos fará mais integrados aos movimentos de trocas de informação. Queremos ficar conectados a qualquer fase das manifestações humanas, para sabermos onde o ser humano transitou e, mesmo com uma imensidão de possibilidades em que a tecnologia estará presente, tentaremos manter a “emoção”. Até à Idade Antiga!

Fonte: Brasil Escola

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Quando decidimos fazer este novo site, pensamos: “precisamos de um blog”. Não só para ranquear (afinal, casa de ferreiro…), mas principalmente porque queríamos colocar para fora o que pensamos nestes mais de vinte anos, e nos próximos. E olha que tem coisa.